sábado, 4 de abril de 2015

Quando o coração não obedece à razão…

Em algum momento da nossa vida algo semelhante acaba por acontecer…
Sabemos que ele não nos faz bem, que não nos quer de verdade… mas mesmo assim não o conseguimos tirar da cabeça por mais que queiramos.
Por vezes a vida traz-nos aventuras que parecem tiradas de um conto de fadas. Tudo aponta para uma possível história de amor. Daquelas que vão tirar-nos o fôlego…
Começamos a encontra-lo em todos os cantos da cidade mesmo sem querermos ou que sequer nos apercebamos. O destino prega-nos então uma partida e coloca-o à distância de um passo, visível todos os dias… Com o tempo começamos a sonhar com ele e mesmo sem saber o seu nome, ele acampa no nosso coração…
Mas o tempo passa e a história não se desenvolve e com o tempo acabamos por perder a fé. E o destino parece gozar connosco obrigando-nos a encarar todos os dias um possível final feliz que não vai chegar nunca.
E quando cometemos erros no passado que no presente nos perseguem? Quando temos alguém que faz tudo por nós e o deixamos ir por pensar que algo melhor vai aparecer e anos mais tarde ele reaparece e faz reacender a chama do passado?
Como lidar com a desconfiança? Como fazer com que a história resulte?
E quando não há possibilidade de um futuro em comum como nos livramos do que sentimos?
Quando fazemos tudo o que está ao nosso alcance para nos livrarmos dos sonhos, do que sentimos, como podemos lidar com a realidade?
Mesmo quando racionalmente sabemos que temos de nos afastar, de esquecer e avançar existe sempre algo a puxar-nos para ele… e ninguém parece bom o suficiente para o afastar de vez. Ninguém consegue entrar no nosso coração e afastá-lo de vez.
Mas será que damos uma verdadeira oportunidade a quem aparece? Será que não criámos alguém tão perfeito na nossa cabeça que ninguém corresponde à ideia que temos dele?
E porque é ele tão perfeito se, ao não nos querer, acaba por nos magoar vezes sem conta…?
Quando tudo o que fazemos para nos afastar acaba por nos lembrar dele a todos os segundos como reagir?
Se a nossa razão nos diz que temos de distanciar porque o nosso coração não consegue seguir o que o mandamos fazer?

Infelizmente são perguntas às quais não tenho respostas… Talvez se virmos algo que destrua a imagem perfeita que fizemos dele finalmente o coração consiga libertar-se de uma vez por todas das correntes do seu acampamento e consigamos dar uma oportunidade verdadeira ao amor.

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