quarta-feira, 29 de abril de 2015

Destino…

Por vezes penso que sou meio cínica no que escrevo ou no que penso e por duas ou três vezes já me acusaram disso… Mas na realidade acabo por ser tão ou mais romântica que muitas de vocês…
Acabo de ver “Letters to Juliet”, um filme de 2010, que revejo muitas vezes… Para quem não viu não vou estragar… mas para quem é romântico, é um filme a não perder. Basicamente segue a vida de duas mulheres que por circunstâncias da vida, ou destino, acabam por se conhecer e com elas trazer duas histórias de amor diferentes, mas que nos derretem o coração.
Claro que no final as lágrimas caiam pelo meu rosto sem parar… E porquê? Bom porque também desejo que o meu destino tenha algo programado para mim… que o meu caminho não seja em vão e que no virar da esquina algo maravilhoso me espere.
Mas na realidade não nos podemos apoiar só no destino… e ficar paradas à espera que tudo nos caia ao colo. Já li em alguns emails que algumas de vocês aguarda a chegada do “destino”. Cabe a cada uma de nós viver cada dia como se fosse o último e aproveitar cada momento da vida.
Não é em casa que as coisas acontecem! É na rua, a conviver com os amigos, a conhecer pessoas novas, locais diferentes e principalmente a viver.
O medo prende-nos muitas vezes ao conhecido. Mas é ao arriscar que aprendemos as grandes lições da vida. Que nos conhecemos a nós mesmas e aos nossos limites.
E afinal, o que é pior? Arriscar e levar uma desilusão ou passarmos a vida a perguntarmo-nos “e se?”? Para as desilusões temos os nossos amigos, que nos ajudam a levantar e erguer a cabeça. Mas nada cura um “se” na vida.

Sejam corajosas! Não fiquem presas ao que conhecem e ao seguro porque muito provavelmente não vos trará felicidade e sim apenas a rotina.
Saiam! Divirtam-se! Conheçam-se! Não deixem a vida passar por vocês mas sejam as “atrizes principais” no filme da vossa vida!
O “Destino”? Esse chegará quando tiver de chegar… e muitas vezes é quando estamos distraídas que nos deparamos com ele…

PS – Eu peço desculpa a ausência mas por motivos profissionais tive de me afastar. Espero regressar de novo e mais constantemente. Assim que conseguir responderei aos emails que recebi. Obrigada pelo apoio.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

A Dor da Rejeição

Tenho andado a pensar na forma como deveria abordar este tema, uma vez que nunca quis que este blog ficasse “lamechas” ou “melancólico”. No entanto, tenho recebido alguns emails e acho que é um tema que eventualmente teria de abordar. Por que não agora?
Antes de mais, muito obrigado por partilharem as vossas histórias comigo e por permitirem que elas sirvam de inspiração para as minhas "divagações". O vosso apoio tem sido espetacular e, ao começar esta aventura, nunca pensei que alguém ligasse ao que eu ia escrever. Obrigada também às minhas amigas que são a minha constante inspiração e as quais me permitem “ajudar” com os meus conselhos meio tontos. Vocês são o melhor do mundo!
Depois de ler algumas das vossas histórias, e de olhar para a minha, eu percebi que quando as relações terminam, ou quando gostamos de alguém e por algum motivo não dá certo, a nossa tristeza não se deve ao facto de perdermos alguém de quem gostamos. Claro que isso nos entristece! Mas o que cria aquele buraco no coração é o nosso amor-próprio a ser ferido… é o sentimento de rejeição. E como lidar com este sentimento? Como ultrapassar esta negatividade que faz de nós pessoas cinzentas e sem vida?
Antes de responder a estas questões vou contar-vos algo sobre mim. Nunca quis colocar as minhas experiências aqui e sempre tentei falar de tudo no geral. O blog era mais um desabafo sobre situações que acontecem a todos e a minha opinião sobre essas situações. Mas sinto que depois de algumas partilhas vossas, e a pedido de algumas, é justo que coloque algo de mim aqui.

Há mais de um ano um rapaz chamou a minha atenção. Via-o todos os dias, mais ou menos à mesma hora. Escusado é dizer que ele nunca reparou em mim e eu preferia assim. Na verdade, o meu namoro de anos tinha chegado a uma fase que já previa o seu fim e o facto de alguém me chamar a atenção era indicativo de que talvez o amor se tivesse esgotado e só tivesse ficado a amizade. Eu sou o tipo de pessoas que acredita que tudo acontece por algum motivo e assim que as coisas acontecem eu tento perceber o que aprendi e qual o “saldo” que ficou. Claro que isto não ajudou quando o meu namoro terminou. Como qualquer pessoa eu fiquei de rastos. Afinal tinham sido anos ao lado de uma pessoa que para além de namorado era o meu melhor amigo. Ainda hoje não lhe consigo apontar uma falha que seja e conseguimos manter a amizade. Por mais incrível que pareça consegui em dois meses recuperar minimamente para voltar a sair e divertir-me… Claro que por vezes lá vinha a saudade, mas não andei a chorar pelos cantos.
Mas voltando à história que vos queria contar. Não vos sei dizer se fui eu, que por algum motivo deixei de reparar nele, ou se ele desapareceu mesmo, mas durante mais ou menos seis meses deixei de ver o tal rapaz. Chegando o verão, deixei de ir ao local onde o costumava ver e por mais incrível que pareça foi nessa altura que o voltei a reencontrar. Lisboa é uma cidade grande e nunca tinha acontecido encontrá-lo noutros locais que não fosse aquele e àquela hora. Nesse verão encontrei-o quatro vezes em locais diferentes e cheios de pessoas, sendo que a última foi num bar ao qual costumo ir há algum tempo e que no meu aniversário, nos últimos anos, tem sido ponto de paragem. Escusado é dizer que se já lhe achava piada, estes “encontros” fizeram com que achasse mais. Ele continuou sem reparar em mim até que, no final do verão, quando voltei a “frequentar” o local onde o costumava ver todos os dias, o voltei a encontrar. Ele já não aparecia onde o via antes e para dizer a verdade eu comecei a demonstrar que o reconhecia porque comecei a cruzar-me com ele em locais onde nunca o tinha visto… Claro que ele não deve ser parvo e começou a perceber que eu mostrava algum interesse e quando me voltou a ver no bar reconheceu-me. Não vos vou maçar com mais pormenores porque para o post de hoje tal não interessa. Muito resumidamente, hoje, passados quatro meses desde a última vez que o vi, tive a certeza que ele não me quer conhecer.
Eu não fiquei à espera de o conhecer… É importante que não se fixem na ideia de uma possibilidade (que pode nunca vir a acontecer) e fechem a porta a pessoas que podem vir a ser o que procuram. Pelo menos é esta a minha opinião. Durante este tempo tive encontros, continuei a sair com os meus amigos e, embora por vezes pensasse nele, interessei-me por outra pessoa (alguém “real” que conheci).
Acho que vos conto isto para perceberem que parte de nós a forma como lidamos com a rejeição. Podia estar a chorar pelos cantos, mas não estou. Não estou triste também… e mesmo o sentimento de rejeição, que achei que ia sentir quando tivesse a certeza de que ele não me queria conhecer, não foi forte o suficiente.
De qualquer forma deixo-vos as fases que identifico nestas situações e que podem ajudar-vos.
1 – O que chamo “Tempo de luto”.
Basicamente é o tempo que nos permitimos sentir tristes. É normal ficarmos tristes com uma rejeição independentemente de que tipo for (relacionamento, pessoal ou profissional) e é saudável sentirmo-nos tristes com isso. Eu penso que muitas vezes é na dor que nos encontramos a nós mesmos. Mas ao contrário do que muitos dizem eu não acho nada saudável ficarmos em casa a remoer tudo. O importante é saber que fizemos tudo o que podíamos. Nada de “e se…”!!! 
2 – Chamar os Amigos!
Nestas alturas o melhor é falamos com amigos de confiança… daqueles que nos dizem a verdade doa o que doer… Eles podem ajudar a perceber o porquê das coisas não terem dado certo e evitam que se entre em depressão. Não vale a pena mandar indiretas nas redes sociais… Para além de cobarde isso mostra a infantilidade da pessoa. E acima de tudo… não vale a pena puxar sempre o assunto. O importante para sair desta fase, é aproveitar para se estar com os amigos, divertir e tirar a cabeça do assunto e não estar sempre a relembrar o mesmo. Ninguém gosta de pessoas que têm pena deles próprios. Aproveite para se divertir!
Por norma nesta fase começamos a ver que a outra pessoa não era perfeita e tinha um monte de defeitos… Os amigos também servem para ouvir os desabafos que temos e ajudam-nos a chegar a conclusões importantes.
3 – Começar a esquecer!
É importante também não estar sempre a pensar nisso… se já existem sinais de que o mais provável é que exista uma rejeição o melhor é aceitá-la logo e ir-se mentalizando. Quando ela acontece já está mais preparada e dói menos. Acresce que é importante pensar-se que só porque não deu certo daquela vez que nunca vai dar… Todos nós já lidamos com rejeições e já rejeitamos alguém… Também não temos de levar para o lado pessoal… simplesmente a outra pessoa não sente o mesmo que nós… é normal e tem todo o direito disso…
Eu costumo dar-me um prazo para estas fases. Digo “só vou chorar esta semana”, ou “daqui a dois meses volto a sair com os amigos”, ou “no mês x começo a aceitar convites para sair”. Isto ajuda porque dá-nos mentalmente um prazo para sofrer mas chegando o final do prazo acabou! É hora de deixar ir e perceber o que se pode aprender com isso. Quando estamos tristes emitimos um género de sinal e as outras pessoas afastam-se… ninguém gosta de pessoas que andam sempre tristes e com pena delas mesmas…

Espero ter ajudado… E continuem a enviar as vossas histórias. Por vezes demoro a responder mas é um gosto ler os vossos feedbacks.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

S. O. (M) S.???

Hoje tive mais uma conversa interessante sobre o tema relacionamentos… Ou melhor, depois dele terminar.
Quando decidimos manter a “amizade” o que quer isto realmente dizer?
Como já tive a oportunidade de referir antes, não é necessário manter-se um contacto constante para se manter a amizade… No entanto, quando a amizade diz respeito a alguém que já foi muito mais que isso como manter o laço? E será que se pode considerar “amizade” o que fica?
Eu já fui chamada de fria pela forma como vejo as coisas. Sou o tipo de pessoa que não se mantém ligada a ninguém por muito tempo. Quando a relação termina faço o “luto” como toda a gente, arrumo todas as recordações numa caixa, em vez de ligar ou mandar sms para ele chateio alguma amiga, choro o que tenho de chorar e começo a pensar em tudo o que era mau na relação. Mas dou-me o prazo de dois meses para começar a esquecer. Não é fácil, é verdade, mas parte de nós conseguir desligar-nos. Claro que também depende do tempo e tipo de relação que tínhamos. Mas passados dois meses não deito uma lágrima por quem quer que seja… E mesmo este tempo considero já muito alargado. Durante este tempo de luto é difícil qualquer tipo de contacto com a outra pessoa… Afinal estamos a tentar transformar a relação em algo diferente e é doloroso pensar que acabou.
Mas depois deste luto inicial, quando voltamos a ser nós mesmas e tentamos encontrar alguém novo como manter a “amizade” com a pessoa que ficou para trás?
Esta questão surge devido às sms ou comentários em redes sociais que recebemos…
A primeira questão que se levanta quando recebemos uma sms, do nada, e depois de semanas ou meses sem qualquer contacto, a perguntar sobre algo da nossa vida é “Mas porque é que te lembraste agora de mim” ou “O que queres exatamente saber?”. Se formos sinceras, embora já nem queiramos saber daquela pessoa, ficamos com vontade de que se tenha arrependido. É um género de vitória pessoal…
Mas depois vem a questão fundamental que é “Devo responder? E se sim, o que respondo?”.
A verdade é que por mais ridículo que seja, assusta-nos pensar em manter contacto com aquela pessoa. E pior ainda, uma vez que “andamos para a frente” o que responder sem sermos indelicadas ou sem parecermos interessadas?
Para ser sincera, acho que por mais seca que a nossa resposta seja, a verdade é que para nós vai parecer sempre que estamos a declarar o nosso eterno amor… Tal como a mensagem dele parece que está a dizer que está arrependido e que nós somos o amor da vida deles… Infelizmente ou felizmente (depende das situações) por vezes é este o caso. Eu por mim considero que quando acaba é de vez… mas porque me conheço e sei que não consigo esquecer e voltar a ser o que era e para além da fidelidade o que acho mais importante numa relação é a confiança. Sem fidelidade e confiança não existe relação… Mas claro que já tive amigas que deram uma segunda oportunidade e são felizes. E nestes casos fico feliz por elas claro…
Mas o que acho importante frisar é que estas situações são muito poucas. Na maioria das vezes eles mandam sms só porque sim… e tudo o resto está na nossa cabeça.
Ontem um ex de uma amiga mandou-lhe uma mensagem a perguntar como ela estava e a questionar sobre a mudança de casa dela. A minha amiga demorou a “desvincular-se” dele mas finalmente está a conseguir superar a tristeza. Sabe que ele já tem outra pessoa e percebeu que ele não estava interessado em retomar o que tinham… Mas como responder sem que ele pensasse que ela ainda o queria e ao mesmo tempo não ser indelicada?
Depois de debatermos o tema, acabou por ser seca na resposta e despedir-se com os normais “bjs” (nada de beijinhos ou beijos). Mas ele voltou a responder com mais questões e percebia-se que pretendia continuar a conversa. Ela optou por demorar a responder mas para não ser indelicada acabou por enviar nova resposta seca e desta vez sem se despedir (ele tem por hábito mandar beijinhos no final de todas as sms – PS. Beijinhos enviam-se na última mensagem em modo de despedida e não em todas as mensagens). Ele deve ter percebido que ela não pretendia continuar a conversar pois enviou uma resposta a desejar-lhe as maiores felicidades do mundo…
Isto é importante… Se nós percebemos que eles só enviam sms porque sim, então eles também têm de perceber quando não nos interessa manter a conversa.
Até ao momento tive sorte de que todos os meus términos foram civilizados e consegui manter a amizade com a maioria dos meus ex… Mas algo que tenho reparado é que quando se chateiam com a nova namorada, ou quando estão de novo sozinhos, sou invadida por “likes” nos meus posts e fotos nas redes sociais, ou por sms, ou emails e até chamadas…
Outra ocasião em que ouço falar deles é quando começam a ver fotos com algum rapaz mais constantemente ou quando tenho alguma mudança relevante na minha vida.
Ou seja, a amizade para eles é para ser mantida quando estão sozinhos ou quando a minha vida está boa de mais sem eles…
E isto irrita-me mesmo… Não fui feita para aumentar o ego de ninguém! Não fui feita para que se lembrem de mim só quando não têm ninguém com quem falar. Da mesma forma que eu mantenho a minha amizade com eles quando tenho namorado, espero que não me excluam e voltem só quando a nova relação não deu certo… A isto acresce que também espero que não se lembrem de mim apenas quando a minha vida parece estar perfeita sem eles…
E aqui está o problema quando lhes respondemos. Não queremos que pensem que estamos dispostas a deixar tudo para voltar para os seus braços ou que uma simples mensagem nos faz ter saudades deles. Mas também não queremos ser mal-educadas e não responder porque a dado momento da nossa vida, aquela pessoa foi realmente importante para nós…
E afinal em que ficamos?
É difícil manter-se qualquer tipo de relação com alguém que foi tão importante para nós… Mas não pode partir só da nossa parte que dê certo. E eles não podem pensar que só porque quisemos manter contacto com eles que isso significa que basta estalarem os dedos para voltarmos a correr…
Se receberem sms do vosso ex o melhor é falarem com a amiga mais fria e objetiva que tiverem e em conjunto pensarem no assunto com frieza. Se o objetivo é mesmo voltar com ele, talvez seja melhor não ser muito fria (mas tentem saber se é o que ele quer para depois não sofrerem nova desilusão) mas não demonstrem logo interesse porque ele pode querer apenas alguém para aumentar o seu ego. Mas se já não têm qualquer interesse o melhor a fazer é mandar respostas curtas e secas para ele perceber que não estão interessadas em prolongar a conversa…
Parte deles também perceberem as indiretas que mandamos nas nossas mensagens…

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Dois é bom… Três é demais…

Ontem ao falar com uma amiga lembrei-me de um esquema que, embora nunca me tenha acontecido, devo admitir que já recorri mais do que uma vez.
A minha amiga dizia-me que tinha saído com um rapaz, com quem já queria sair há algum tempo, no entanto ao chegar ao local combinado ele tinha trazido um amigo… Ela dizia-me que provavelmente teria levado o amigo devido ao facto de ser tímido e que até se tinha divertido e que ele parecia finalmente começar a interessar-se…
Eu odeio ser desmancha-prazeres no entanto sou o tipo de pessoa que não gosta de ver as amigas perderem tempo. Eu sabia que ia doer no entanto tive de lhe dizer que não me parecia ser o caso. Se ele tivesse mesmo interesse não levaria um amigo ou então no meio do encontro “a três” daria sinal ao amigo para se ir embora. Aí veio a desculpa de “não fazia sentido porque o amigo tinha vindo de boleia com ele…”. Enfim, que dizer sobre isto?
Eu recordei-lhe algumas situações que ela já conhecia. Há uns anos ela própria tinha sido a minha “Third Wheel” para um encontro que não queria que acontecesse e não me tinha conseguido livrar…
Infelizmente devo admitir que já recorri a essa estratégia algumas vezes… Não gosto de ser má, principalmente com rapazes que quero que permaneçam como amigos… Mas a verdade é que alguns não percebem as indiretas… E quando não os quero magoar nada melhor que levar alguém connosco para perceberem que não estamos interessadas…
Outra que também já usei foi apresentar amigas minhas solteiras e que achei que poderiam dar-se bem… Na realidade são imensos os esquemas que usamos para não magoarmos as outras pessoas… principalmente se se tratar de amigos ou pessoas que temos em alta consideração…
Mas porque é que continuamos a dar desculpas para o que não é desculpável? E porque teimamos em ver sinais onde eles não existem?
No final, e depois de lhe ter mostrado outras situações que ela conhecia, teve de admitir que eu tinha razão e que ele tinha sido apenas simpático sendo que à primeira desculpa acabou por se ir embora e nem perguntou se ela queria boleia.
Eu acho que por vezes necessitamos de um banho de realidade… Eu falo por mim… tenho uma amiga que quando o tema volta para quem não deve me dá um “berro” e manda vir comigo… e sei que só o faz porque quer o meu bem…
A verdade é que nós vemos o que queremos ver… E nem sempre a realidade coincide com a ficção que criámos na nossa cabeça. É preciso ter frieza e não ver sinais onde eles não existem.
Mas uma coisa é certa… Num encontro, independentemente de ser o primeiro, o segundo ou o terceiro, dois é bom… três é demais…

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sábado, 4 de abril de 2015

Quando o coração não obedece à razão…

Em algum momento da nossa vida algo semelhante acaba por acontecer…
Sabemos que ele não nos faz bem, que não nos quer de verdade… mas mesmo assim não o conseguimos tirar da cabeça por mais que queiramos.
Por vezes a vida traz-nos aventuras que parecem tiradas de um conto de fadas. Tudo aponta para uma possível história de amor. Daquelas que vão tirar-nos o fôlego…
Começamos a encontra-lo em todos os cantos da cidade mesmo sem querermos ou que sequer nos apercebamos. O destino prega-nos então uma partida e coloca-o à distância de um passo, visível todos os dias… Com o tempo começamos a sonhar com ele e mesmo sem saber o seu nome, ele acampa no nosso coração…
Mas o tempo passa e a história não se desenvolve e com o tempo acabamos por perder a fé. E o destino parece gozar connosco obrigando-nos a encarar todos os dias um possível final feliz que não vai chegar nunca.
E quando cometemos erros no passado que no presente nos perseguem? Quando temos alguém que faz tudo por nós e o deixamos ir por pensar que algo melhor vai aparecer e anos mais tarde ele reaparece e faz reacender a chama do passado?
Como lidar com a desconfiança? Como fazer com que a história resulte?
E quando não há possibilidade de um futuro em comum como nos livramos do que sentimos?
Quando fazemos tudo o que está ao nosso alcance para nos livrarmos dos sonhos, do que sentimos, como podemos lidar com a realidade?
Mesmo quando racionalmente sabemos que temos de nos afastar, de esquecer e avançar existe sempre algo a puxar-nos para ele… e ninguém parece bom o suficiente para o afastar de vez. Ninguém consegue entrar no nosso coração e afastá-lo de vez.
Mas será que damos uma verdadeira oportunidade a quem aparece? Será que não criámos alguém tão perfeito na nossa cabeça que ninguém corresponde à ideia que temos dele?
E porque é ele tão perfeito se, ao não nos querer, acaba por nos magoar vezes sem conta…?
Quando tudo o que fazemos para nos afastar acaba por nos lembrar dele a todos os segundos como reagir?
Se a nossa razão nos diz que temos de distanciar porque o nosso coração não consegue seguir o que o mandamos fazer?

Infelizmente são perguntas às quais não tenho respostas… Talvez se virmos algo que destrua a imagem perfeita que fizemos dele finalmente o coração consiga libertar-se de uma vez por todas das correntes do seu acampamento e consigamos dar uma oportunidade verdadeira ao amor.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Duelo Final…

Quando nos desligamos de alguém deveria haver um corte total com essa pessoa. No entanto tenho verificado que, mesmo inconscientemente entramos num género de Combate Final…
Não se trata de nada físico. Pelo contrário! Trata-se de uma luta psicológica para ver quem fica melhor.
E o pior é que isto não acontece só nos relacionamentos amorosos mas também entre amigos.
Quantas vezes já não demos por nós a colocar um post para que A ou B visse que estávamos bem… que tínhamos seguido em frente com a nossa vida.
E o pior é que muitas vezes nem é consciente!
Basicamente, quando um relacionamento termina ficamos sempre numa ânsia de ver quem consegue seguir em frente primeiro… E tudo serve de desculpa para mostrar que estamos melhor que a outra pessoa. Se emagrecemos, se mudamos de visual, se mudamos de casa ou de emprego… enfim, tudo é motivo para mostrar que estamos bem. Que ele já não importa ou que não foi assim tão importante na nossa vida e que conseguimos viver bem sem ele.
Mas a verdade é que importa… caso contrário esta batalha psicológica não faria sentido.
Por algum motivo, na nossa cabeça só ficamos verdadeiramente felizes se mostrarmos que estamos melhores que antes e que o término da relação só nos impulsionou a sermos melhores do que já éramos.
Com isto não digo que devemos cortar qualquer tipo de contacto com o nosso ex. Eu, por exemplo, consegui manter um género de amizade com os meus ex, afinal, durante um período da minha vida eles foram importantes para mim e influenciaram os caminhos que escolhi seguir.
Mas pergunto-me o porquê de ficarmos presos a este “combate” sem sentido… Porque se formos honestos todos o fazemos.
No outro dia dei por mim a dizer a uma amiga que achava que a única forma de esquecer uma pessoa era mostrar-lhe que me era indiferente. Ora se fosse mesmo não precisaria de lhe mostrar nada! E a minha amiga disse-me exactamente isso.
Depois comecei a pensar, e a verdade é que fazemos isto constantemente… Não só em relacionamentos mas entre amigos… Queremos sempre mostrar que estamos bem. E muitas outras vezes quando precisamos de ajuda, mas não a queremos pedir, chamamos a atenção com posts de frases negativas…

Com as novas tecnologias passamos a mandar indirectas por meio de frases feitas ou posts pessoais em vez de irmos ter directamente com as pessoas e dizermos o que nos vai realmente na alma…
Mas se isso nos faz ficar felizes e mais descansados porque não continuar a fazê-lo?
Estamos a prejudicar alguém? No mínimo parece-me que nos magoamos a nós próprios… e apenas quando nos apercebemos que não fizemos nada daquilo por nós mas por outra pessoa que muito provavelmente nem pensa em nós e nem vai ligar nenhuma ao que publicamos…

Até que ponto o que nos faz feliz pode realmente ser prejudicial?

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Conselhos de Revistas e Blogs

Não sei como cheguei àquele site… No entanto deparei-me com um blog de um senhor que “tenta” ensinar outros a conquistar mulheres… Eu farto-me de rir com estas situações até porque por norma não fazem sentido. O título dizia qualquer coisa do género “25 temas para falar com mulheres”.
A curiosidade foi mais forte que eu e como tal, li os temas que o senhor enunciava. Como já estava à espera não trazia nada de novo… Entre os 25 temas estavam astrologia (sim porque pelo que tenho percebido parece ser entendimento geral de que só porque somos mulheres adoramos este tema), cinema, gastronomia, música, futuro… Enfim, basicamente podem falar connosco sobre tudo.
Depois de ter dado uma espreitadela a outros temas que o senhor fazia questão de partilhar com os restantes comecei a rir-me com as sugestões.
Sou honesta, adoro as revistas femininas que saem mas dou por mim a rir às gargalhadas, principalmente se estiver com amigas, devido às sugestões que dão… Verdade seja dita, nada daquelas dicas, a não ser as de moda (e mesmo essas depende da nossa carteira), nos servem de alguma coisa pois são coisas básicas que aprendemos no secundário. No mínimo já ouvimos falar.
E pelos vistos, os homens também partilham entre si estes conselhos super úteis… Até porque por curiosidade fui pesquisar se haviam mais artigos do género e encontrei uma listagem enorme de sites e blogs dedicados só a isso.
Enfim… incorrendo no erro de me tornar repetitiva, a melhor maneira de se ter conselhos úteis, seja em que tema for, é através dos nossos amigos… e nestes temas talvez mais nos amigos que nas amigas pois o ponto de vista deles é sempre melhor porque entendem o outro lado. E mesmo assim é necessário que sejamos totalmente honestos com eles (como já tinha indicado no post anterior). Porque com meias verdades não se consegue dar nenhum conselho que preste...

É sempre bom podermos dar umas boas gargalhadas sem grande trabalho ou custo… No entanto, não se pode confiar em tudo o que se lê… Para mim, por exemplo os temas apontados pelo senhor iam mostrar uma completa falta de personalidade o que para mim é um deal breaker... 
Mas isso fica para outra altura.

terça-feira, 31 de março de 2015

Amizade sem tabus…

No outro dia uma amiga confidenciou-me, um pouco a custo, que estava a ter alguns problemas no seu relacionamento. A natureza da confidência não me estranhou… o que me estranhou foi a forma envergonhada como ela me contou o assunto.
No início entrei em choque pois tratava-se de uma das minhas amigas mais antigas e a primeira a aventurar-se nos caminhos do “amor maduro”… Nunca esperei tal reacção da parte dela quanto à questão no entanto, após lhe ter dito tudo o que achava sobre a situação e ter ajudado partilhando os meus "conhecimentos" e vendo que ela estava cada vez mais envergonhada conforme ia ouvindo o que eu estava a dizer, percebi que estávamos perante um tabu… Conheço-a desde criança mas realmente nunca tínhamos falado do assunto tão abertamente como estávamos a fazer naquele momento.
Depois dessa situação apercebi-me que de todas as minhas amigas/confidentes talvez apenas com duas ou três tinha falado tão abertamente sobre o assunto sem qualquer crítica associada e sem falsos moralismos.
Trata-se de algo tão natural como respirar mas nós ainda temos receio de que nos critiquem… 
Fomos ensinados a esconder e guardar para nós tudo o que não era considerado dentro dos padrões normais da moral… 
Em quem devemos nós confiar se não for nas nossas amigas mais próximas? E como podem elas ajudar-nos se não sabem os nossos receios mais íntimos? Se apenas partilharmos parte dos nossos problemas podemos receber conselhos assertivos?
Quantas vezes não guardamos para nós situações que consideramos estranhas com medo de sermos criticadas, tudo para mais tarde ao ouvirmos algum comentário alheio virmos a descobrir que afinal era tudo normal? Não seria mais fácil se colocássemos os tabus de parte e pudéssemos confidenciar a nossa alma completamente às nossas amigas mais próximas?
Afinal o que é a amizade?
Amizade não tem preconceitos, julgamentos ou críticas. A amizade deve ser pura. Os nossos amigos são a família que nós escolhemos adoptar.

Em quem afinal confiaremos se não na família que escolhemos acolher no nosso coração?

sábado, 28 de março de 2015

Amizade em “manutenção”!

Hoje dei por mim a pensar no verdadeiro significado de amizade…
Lembro-me de quando era mais nova a minha mãe dizer por diversas vezes que os amigos se contavam pelos dedos e que tudo o resto era apenas conhecidos.
Na altura não liguei a este comentário. No entanto crescemos e começamos a perder cada vez mais “amigos”.
Por circunstâncias da vida tive de me mudar para a Madeira. No início recebia imensas cartas (sim… os telemóveis ainda não eram assim tão usuais e não se falava ainda de emails…). Por mês era capaz de receber 5 a 6 cartas… E às vezes até de pessoas que nem imaginava que alguma vez me fossem escrever. Sabia bem receber aquelas cartas que ainda hoje guardo numa caixa cheia de recordações maravilhosas. Com o tempo as cartas foram diminuindo até que deixaram de chegar.
Com o desenvolvimento da tecnologia voltei a contactar algumas dessas pessoas mas será que os podia ainda chamar de amigos?
Ao voltar para Lisboa para ir para a faculdade uma das minhas melhores amigas veio também. Tínhamos aulas em salas seguidas e o mesmo horário escolar. No início combinávamos diversas coisas para fazer mas após o Natal do primeiro ano algo mudou pois deixei de receber convites dela. Não me apercebi de imediato pois estava entretida a viver a “experiência académica”, mas acabei por perceber com o tempo que os nossos interesses já não eram os mesmos e naturalmente, sem ser necessário uma palavra sobre o assunto, acabamos por nos afastar de vez… Não eram necessárias palavras para constatarmos que já não éramos as mesmas pessoas e que estávamos a viver a mesma experiência de forma diferente.
Será que para manter uma amizade temos de estar constantemente a relembrar a pessoa de que existimos? Manter de alguma forma o laço que nos une? Combinar um programa com alguma frequência?
A minha resposta terá de ser negativa. E porquê?
Porque as minhas amigas não são do tempo de faculdade, ou do tempo da escola, ou de algum trabalho… São pessoas que fui “adquirindo” durante a vida e pelos diversos sítios pelos quais passei. Todas são diferentes de mim… Muito diferentes!!! Mas de alguma forma completam-me e mantêm-me presa ao chão quando quero voar de mais.
Não preciso de lhes ligar todos os dias ou todas as semanas. Não preciso combinar nada com elas com nenhuma frequência. Mas quando estou com elas é como se o tempo não tivesse passado. É como se nunca nos tivéssemos separado. E acima de tudo sei que quando preciso delas elas estão lá… mesmo que seja para me chamarem à razão ou dizerem que sou idiota.
Porque a amizade é isso mesmo! É saber que se agirmos mal ou estivermos a seguir um caminho “perigoso” há alguém que nos vai chamar à razão para nosso benefício… por mais que isso nos doa e sem qualquer crítica associada.
Sim também tenho amigos que me dão sempre razão e me dizem que estou linda mesmo que saia à rua de fato-de-treino e sem maquilhagem. Mas quando eu preciso mesmo de uma opinião sincera não é estes que chamo.
Acho que no fundo temos diversas camadas de amigos. Uma escala que vai do melhor amigo (quase irmão) ao simples conhecido.
Eu hoje dou razão à minha mãe em diversas coisas. E esta é uma delas! Amigos, aqueles que estão sempre prontos a ouvir-me, nem que seja a milésima vez que repito “que ele é tão lindo!”, ou “que estou gorda”, ou que preciso urgentemente sair à noite ou ir ao café para descontrair… esses amigos são poucos, são raros mas são os melhores! E não precisam de “manutenção” porque podem passar dias, semanas, meses ou anos sem falarem comigo mas sabem que se precisarem lá estarei, como se tivéssemos falado ainda no dia anterior.
Os verdadeiros amigos não necessitam de “manutenção” porque se conservam ao teu lado, mesmo que não o façam fisicamente.


quinta-feira, 26 de março de 2015

Não me quer…mas não me larga…

De certeza já tiveram aquele amigo que queriam que fosse mais do que isso… Se não amigo, talvez um conhecido ou um ex-namorado que por mais que tentem não conseguem tirar da cabeça.
Pois é… Já todas passamos por esta situação.
E pergunto será que este sentimento é só da nossa cabeça? Surge do nada sem encorajamento da outra parte?
Esta tem sido uma conversa que tenho tido com diversas amigas porque num momento ou noutro todas passamos por isto.
O que reparei? O que temos em comum?
Poderia dar-vos exemplos concretos das situações que me levaram a uma conclusão… No entanto de certeza que todas passaram por alguma situação semelhante.
Em algum ponto da nossa vida ouvimos alguém dizer-nos que o melhor é acabar a relação porque não nos quer prejudicar, ou porque não nos consegue amar como merecemos.
Já ouvimos alguém dizer que está numa fase complicada, que não tem tempo para relacionamentos e que merecemos muito mais do que nos pode dar.
Já ouvimos alguém dizer que só nos vê como amigas e que não quer estragar a amizade que temos porque é muito importante para ele.
Quantas vezes ouvimos dizer que talvez se fosse noutra altura as coisas correriam de outra forma, mas passados dias, semanas ou meses aparece alguém que os faz mudar de ideias?
É verdade… Já todas ouvimos estas conversas… Mas porque será que continuamos ao lado deles? Porque continuamos à espera que eles vejam como somos especiais?
Porque a verdade é que embora diga que não nos quer continua a mandar mensagens sempre que ficamos alguns dias sem dizer nada.
Porque quando tem um problema é a nós que liga para “desabafar”.
Porque tem namorada mas mesmo assim sente falta de intimidade.
Porque nos diz que somos especiais e que temos imenso em comum e que se fosse noutra altura nem pensaria duas vezes.
Porque quando finalmente conhecemos alguém que nos trata como merecemos ou simplesmente alguém nos chama a atenção fica enciumado e nos diz que merecemos muito melhor.
Porque ninguém é suficientemente bom para estar connosco.
Enfim, basicamente não nos quer… mas também não nos larga. E porquê?
Bom, talvez porque gosta da segurança de que quando não tem mais ninguém tem aquela “parva” na prateleira que vai enchendo o seu ego… A quem meia dúzia de palavras ou beijos de vez em quando basta para a manter ali por perto…
E nós ficamos… Ficamos porque quando ele nos dá a sua atenção o mundo para. Porque só um sorriso dele tem o poder de nos derreter. E acima de tudo porque temos a esperança que ele perceba que nós somos especiais e que na realidade sempre nos amou mas andava cego…
Mas quem está cego na realidade somos nós.
Porque se fossemos assim tão importantes ele não olharia para mais ninguém. Ele não iria querer estar com mais ninguém. Ele não arranjaria desculpas para não estar connosco.
Quando um homem gosta de verdade ele vai atrás. Descobre como te chamas, arranja desculpas só para passar um segundo contigo, manda mensagem, não porque já não sabe de ti há muito tempo, mas porque quer saber realmente como foi o teu dia. Quando marca um programa contigo não convida outras pessoas para irem também porque não quer dividir a tua atenção com mais ninguém.
Se não é assim…então na verdade ele não te quer…
Mas não me venham dizer que nós criámos tudo na nossa cabeça porque não somos “maluquinhas”.
Podemos achar alguém interessante mas se desde o início percebemos que não há interesse da outra parte acabamos por ficar amigos e eventualmente conseguimos esquecer e conhecer alguém que nos ame de verdade.
Desde muito cedo nos impingem a ideia romântica de que os podemos “mudar”. Que é romântico lutarmos até ao infinito porque no final vai valer a pena. Mas se permanecemos ali “à espera” é porque de certa forma eles nos mantêm ali. Porque colocam “likes” em todas as fotos que postamos. Porque nos mandam mensagens a “reclamar” que já não dizemos nada há muito tempo ou que andamos desaparecidas. Porque embora esteja muito ocupado durante a semana quer estar connosco ao fim-de-semana. Ou porque espera que larguemos tudo e vamos a correr sempre que nos chama.
E depois sentem-se ofendidos se dizemos que não é normal este tipo de “amizade” ou que queremos mais do que estão a oferecer. Porque foram honestos connosco desde o início e que nunca nos enganaram…
É verdade… mas também não foram honestos… Porque se não nos querem e se só querem ser nossos amigos então não nos mantêm ali à espera deles. Um amigo incentiva-me a encontrar alguém que goste realmente de mim e não tem ciúmes de qualquer rapaz que se aproxime nem me envia mensagens só para me recordar que existe.
Afinal, se não é a mim que está a enganar é a quem? Talvez a eles próprios… Porque “não sabem o que querem”. Ou talvez saibam mas não têm coragem de estar sozinhos até encontrarem o que realmente querem.
Uma vez um amigo disse-me que só estava com a namorada porque não aparecia ninguém melhor… E porque somos muito amigos e estamos à vontade para falar de tudo e porque acima de tudo aquele comentário me revoltou acabou por ouvir o que queria e o que não queria. O mais incrível é que quando a relação terminou porque ela percebeu que merecia mais do que ele lhe dava ele veio a chorar ter comigo porque afinal amava-a. Ela era a mulher da sua vida…não sabia o que ia fazer da vida sem ela.
Eu não sou fria. Nem gosto de ver as meus amigos sofrerem… E quem me conhece vai perceber o motivo pelo qual fiz o que fiz… Mas eu comecei a rir… E mentalmente bati palmas para aquela rapariga que percebeu que era apenas um ponto de passagem na vida daquele rapaz e que merecia muito mais do que ele lhe estava a oferecer. Hoje sei que ela nem sonhava o que ele dizia. Apenas pressentiu que ele não a amava de verdade e decidiu terminar uma relação que não a fazia feliz e procurar por algo verdadeiro.
Claro que depois do riso inicial, e ao ver a cara de espanto do meu amigo que tinha ido à procura do consolo que apenas os nossos amigos nos podem dar nestas ocasiões, eu relembrei-lhe a conversa que tínhamos tido e lhe disse que provavelmente o que ele sentia era medo de estar sozinho… De não encontrar mais ninguém que o tratasse bem. Não foi automático mas ele veio a dar-me razão. Neste momento está num relacionamento e faz por esta namorada o que não fazia pela outra. Às vezes na brincadeira e sem que mais ninguém nos ouça eu digo-lhe: “Então, ainda procuras por algo melhor?” Ele pisca-me o olho e dá-me um sorriso que diz tudo.
Não se enganem… Parte de nós acabar com este ciclo vicioso. Porque somos nós que temos de ter a força de nos afastar de vez. Porque somos nós que fazemos a nossa felicidade e porque qualquer rapaz que não nos faz feliz não merece a nossa atenção.

quarta-feira, 25 de março de 2015

"Conto de Fadas"

No outro dia uma amiga dizia-me que nunca se imaginou aos 28 anos estar na situação em que se encontra…
Na verdade, e muito devido aos contos de fadas que nos “impingem” desde muito cedo, temos uma ideia muito errada do que a vida vai ser.
No meu caso, sempre imaginei que aos 18 anos iria para a faculdade, onde faria as melhores amizades da minha vida. Namoraria (e como nunca fui pudica não seria com dois ou três rapazes… mas também não seria com a equipa de futebol da faculdade) e eventualmente iria conhecer o Homem da minha vida. Aos 23 anos terminaria o curso e arranjaria um trabalho decente e aos 25 casaria…
Este era o plano idílico que tinha na minha cabeça desde os quatro anos, altura em que decidi qual a profissão que pretendia seguir.
Devo acrescentar que aos nove anos, quando descobri a história romântica de como os meus avós se casaram (fica para outra altura…) comecei a sonhar com o meu próprio casamento.
Nada disto se concretizou como é óbvio… Acredito que exista muita gente que tem a “sorte” de ter tudo com o que sonhou… Não é o meu caso nem o caso do meu grupo de amigos. Mas, verdade seja dita, aos 28 anos não me sinto minimamente inclinada para levar a vida que imaginei que teria nesta altura. E não me arrependo de nenhuma opção que tomei ao longo da vida.
As minhas melhores amigas não foram minhas colegas de faculdade no entanto sei que posso contar com elas para tudo (até para mandarem vir comigo quando estou a “passar das marcas”). Namorei e conheci rapazes fantásticos e outros (vamos dizer) menos bons, e por duas vezes pensei ter encontrado o Homem da minha Vida. Não encontrei ainda o trabalho que me vai fazer feliz e cada vez mais me convenço que aos 18 anos nada sabia da vida para escolher o curso que iria tirar. E acima de tudo não tenho filhos nem me vejo a querer tê-los num período tão próximo.
A minha amiga encontra-se a realizar um sonho antigo e pelo qual lutou grande parte da vida. Já teve grandes desilusões amorosas porque dá tudo dela na relação e recebe muito pouco em troca. Neste momento, embora devesse estar feliz porque finalmente está a começar a seguir a vida com a qual sonhou, não consegue… E porquê? Pois claro… Tinha que ter um homem para estragar a sua felicidade total…

Porque será que nos deixamos envolver de tal forma que uma simples pessoa pode estragar a nossa felicidade só por respirar? Como podemos deixar que a sua existência nos afecte de tal forma que só o facto de o vermos nos deixa mais feliz que comer um pedaço do melhor chocolate do mundo? E pior… porque é que o nosso dia só faz sentido quando ele passa… mesmo que nem olhe na nossa direcção?